CORREÇÃO DE HÉRNIA PARAESTOMAL EM
BRICKER PELA TÉCNICA DE SUGARBAKER - Relato de caso.
Tema:
UROLOGIA RECONSTRUTIVA / TRAUMA UROGENITAL
Palavras-chave:
Sugarbaker. Hernia paraestomal, Bricker
Formato de apresentação
Apresentação Oral
Introdução: A hérnia paraestomal representaa uma das complicações tardias mais comuns, sendo possível a todos tipos de estoma. Cerca de 52% das hérnias paraestomais são perceptíveis no exame físico e 78% podem ser visualizadas no exame de tomografia computadorizada (TC). Obesidade, tabagismo, uso de córticóides e idade estão entre os fatores de risco.
Relato do Caso: Paciente M.R.F, 76 anos, sexo feminino, IMC 37, ex-tabagista, diabética, hipertensa e artrite reumatóide com controle medicamentoso, submetida a cistectomia radical com derivação urinária heterotópica incontinente em julho de 2018, devido a carcinoma urotelial de alto grau – pT1a. Paciente já havia sido submetida a diversas ressecções transureteroscópicas de bexiga prévias associadas a instilação intravesical de BCG, porém lesão permanecia recidivante. Apresentou em outubro de 2021 episódio súbito de dor em fossa ilíaca direita, que se tornou crônico. Realizou TC de abdome e pelve, identificando hérnia paraestomal em flanco direito, contendo gordura e parte do ceco, com densificação da gordura adjacente medindo 8,6 x 4,5 x 8,2 cm. Optado por correção cirúrgica de hérnia paraestomal por via laparoscópica pela técnica de Sugarbaker (IPOM)
Discussão: A maioria das hérnias paraestomais são assintomáticas. Porém estas mesmas hérnias podem gerar problemas que vão desde comprometimento estética até obstruções que podem levar o paciente ao óbito. Este trabalho relata o caso de uma paciente que apresentava uma hérnia paraestomal sintomática. Foi optado por realizar correção cirúrgica através de abordagem por via laparoscópica na tentativa de se evitar áreas de fibrose da cicatriz cirúrgica anterior e ter menor risco de infecção da ferica(menor contato com parte distal de ostomoia). Cirurgia realizada com tela dupla face, tamanho 20x 25cm, pela técnica de Sugarbaker. Paciente evoluiu com boa recuperação no pós-operatório, ostomia funcionante, e permanece sem hérnia paraestomal em acompanhamento ambulatorial com esta equipe.