EPIDEMIOLOGIA DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA NO VALE DO JEQUITINHONHA, MINAS GERAIS
Tema:
URO ONCOLOGIA
Palavras-chave:
Saúde do homem; Política Nacional de Saúde do Homem; Hiperplasia Prostática Benigna
Formato de apresentação
Pôster Eletrônico (e-poster)
Introdução: Dados epidemiológicos são fundamentais para o estudo de fatores de risco e contribuem para a criação de políticas de promoção de saúde. De acordo com A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, a população masculina não procura o serviço de saúde de atenção básica, e isso gera um aumento da morbidade pelo atraso no processo de atenção à saúde e maiores gastos ao SUS. Dentre as doenças masculinas, a hiperplasia prostática benigna (HPB) é bastante frequente após os 60 anos de idade. A macrorregião do Jequitinhonha compõe uma das doze mesorregiões do estado de Minas Gerais, formada pela união de quatro microrregiões: Diamantina, Turmalina/Minas Novas/Capelina, Araçuaí e Serro. Objetivo: Assim, o presente trabalho objetivou traçar o perfil epidemiológico do paciente com HPB e descrição dos gastos hospitalares na Macrorregião Jequitinhonha, Minas Gerais. Materiais e Métodos: Para isso, foi realizada uma pesquisa descritiva, transversal e quantitativa. Foram utilizados dados oficiais e secundários da plataforma DATASUS, de janeiro/2008 a fevereiro/2022. As variáveis descritas foram a idade do paciente, cor, óbitos, caráter do atendimento, internações por microrregião e gastos hospitalares. A amostra do estudo foi composta pela população masculina acometida pela afecção compreendida na Macrorregião do Jequitinhonha. Não houve critérios de exclusão. Resultados e Conclusão: A pesquisa revelou um total de 511 casos de HPB. Desses, 78 (15,26%), tinham idade entre 50 e 59 anos; 188 (36,80%), idade entre 60 a 69 anos; 159 (31,11%), 70 e 79 anos; 71 (13,90%), idade de 80 ou mais; e 15 (2,93%) com idade inferior a 49 anos de idade. Em relação a cor/raça do paciente, 222 (43,44 %) eram pardos, 50 (9,80%) eram brancos, 21 (4,10%) eram pretos, 5 (0,98%) eram amarela e 213 (41,68%) dos pacientes não apresentaram informação. Desses casos, 342 (66,93%) foram caráter eletivo e 169 (33,07%) caráter de urgência. Quanto as internações por microrregiões de saúde, 273 (53,42%) eram da micro de Diamantina; 122 (23,87%) do micro de Turmalina/Minas Novas/Capelinha; 63 (12,33%) da micro de Araçuaí; e 53 (10,38%) da micro do Serro. Ao todo foram registrados 3 óbitos nesse período por esta causa. Os valores gastos com serviços hospitalares, por serviços profissionais e média por internação, foram respectivamente R$ 208.729,87; R$ 174.381,38; e R$ 839,22. Assim, através desses dados epidemiológicos sobre a HPB, cabe aos gestores de saúde traçarem metas que promovam à saúde do homem nessa Macrorregião de Minas Gerais, e assim minimizar esse problema e reduzir os gastos públicos referentes a essa condição clínica.