EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER DE PRÓSTATA NO BRASIL
Tema:
URO ONCOLOGIA
Palavras-chave:
Saúde do homem; Política Nacional de Saúde do Homem; Câncer de Próstata;
Formato de apresentação
Pôster Eletrônico (e-poster)
Introdução: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem reconhece que os agravos do sexo masculino constituem verdadeiros problemas de saúde pública. A epidemiologia de uma doença é essencial para investigação e análise de fatores de risco, com vistas ao efetivo planejamento em saúde. Os homens não buscam o serviço de saúde de atenção básica, consequentemente, adentram no sistema por meio da atenção especializada, e com isso gera um agravo da morbidade pelo retardamento na atenção e maior custo para o SUS. Dentre as cinco principais causas de mortalidade masculina dos 25 aos 59 anos, os tumores ocupam a terceira posição. O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Objetivo: O presente trabalho objetivou traçar o perfil epidemiológico e analisar os gastos públicos hospitalares envolvidos com o câncer de próstata no Brasil. Materiais e Métodos: Para isso, foi realizada uma pesquisa descritiva, transversal e quantitativa. Foram utilizados dados oficiais e secundários obtidos na plataforma DATASUS, referentes de janeiro/2008 a fevereiro/2022. As variáveis descritas foram a idade do paciente, cor, óbitos, caráter do atendimento, internações por regiões do Brasil e os gastos públicos com a doença. A amostra do estudo foi composta pela população masculina, do Brasil, acometida pela neoplasia maligna da próstata. Não houve critérios de exclusão. Resultados e Conclusão: Essa pesquisa revelou um total de 386.112 casos de câncer de próstata. Desses, 54.680 (14,16%), tinham idade entre 50 e 59 anos; 147.718 (38,25%), idade entre 60 a 69 anos; 124.213 (32,18%), 70 e 79 anos; 52.083 (13,48%), idade de 80 ou mais; e 7418 (1,93%) com idade inferior a 49 anos de idade. Em relação a cor/raça do paciente, 147.425 (38,18%) eram brancos, 134.682 (34,88%) eram pardos, 29.648 (7,67%) eram pretos, 4.557 (1,18%) eram amarela, (0,05%) eram indígenas e 69.634 (18,04%) dos pacientes não apresentaram informação. Quanto ao caráter do atendimento, 221.826 casos (57,45%) foram de urgência, 164.276 (42,54%) eletivos e 10 (0,01%) casos não foram classificados. Quanto as internações por regiões do Brasil, 202.776 (52,51%) eram do Sudeste; 87.849 (22,75%) do Nordeste; 61.800 (16,01%) da Sul; 23.145 (5,99%) do Centro-Oeste; e 10.542 (2,74) do Norte. Os valores gastos com serviços hospitalares, por serviços profissionais e média por internação, foram respectivamente R$ 773.659.966,82; R$ 233.894.800,29; e R$ 2.612,91. O câncer de próstata, na maioria dos casos, apresenta uma evolução lenta, e com isso a mortalidade pode ser evitada quando o processo é diagnosticado e tratado com precocidade. Para isso, deve-se promover ações de saúde que visem a atenção integral à saúde do homem, e assim possibilitar o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população.