Terapia de Ondas de Choque de baixa intensidade em pacientes submetidos a prostatectomia radical, não responsivos ao uso de inibidores de fosfodiesterase -5.
Tema:
ANDROLOGIA E REPRODUÇÃO HUMANA
Palavras-chave:
disfunção erétil, ondas de choque, prótese peniana, câncer de próstata, reabilitação peniana, sildenafila, tadalafila, vardenafila, impotência sexual.
Formato de apresentação
Pôster Eletrônico (e-poster)
INTRODUÇÃO
Uma das preocupações dos pacientes que são submetidos a cirurgia de prostatectomia radical é se conseguirão ficar curados do câncer de próstata. Outra preocupação é se sofrerão os efeitos colaterais de: incontinência urinária e disfunção erétil. A apesar das novas tecnologias, como a cirurgia robótica, não são descartadas, esses efeitos colaterais, mesmo com cirurgiões com boa experiência técnica. A Terapia de Ondas de Choque de baixa intensidade (LiSWT) tem sido utilizada em tratamento de homens com disfunção erétil, de origem vasculogênica e neurogênica com resultados satisfatórios.
OBJETIVO
Avaliar os resultados da utilização da Terapia de Ondas de Choque de baixa intensidade em pacientes que desenvolveram disfunção erétil após a cirurgia de prostatectomia radical.
MATERIAL
Foram submetidos ao nosso protocolo de Terapia de Ondas de Choque de baixa intensidade (LiSWT), 15 pacientes que foram submetidos a prostatectomia radical e que após, pelo menos 3 meses, evoluíram com disfunção erétil, não responsiva aos inibidores de fosfodiesterase 5, na dose padrão. A faixa etária dos pacientes incluídos no estudo era de 52 a 77 anos. Todos os pacientes relataram apresentar padrão de ereção suficiente para o ato sexual, anterior à cirurgia. Todos os pacientes foram submetidos ao teste de fármaco ereção induzida. Todos os pacientes apresentavam níveis de testosterona total, normal. Os pacientes foram submetidos a sessões de LiSWT, por 6 semanas, consecutivas e orientados a retornar após 30 e 60 dias, após a última sessão.
RESULTADOS
De um total de 15 pacientes submetidos ao protocolo de LiSWT, 10(66,66%) pacientes apresentaram restabelecimento da rigidez peniana suficiente para conseguir manter um ato sexual. No entanto, 2(13,33%) pacientes, apresentaram ereções parciais, mas que não permitiram o intercurso sexual, sem ajuda manual para a relação sexual. Outros 3(20%) pacientes, não apresentaram resposta efetiva após o procedimento.
CONCLUSÃO
A Terapia de Ondas de Choque de baixa intensidade (LiSWT) é mais uma opção terapêutica, não invasiva, para o tratamento da disfunção erétil em pacientes que foram submetidos a cirurgia de prostatectomia radial. Deve ser oferecida inclusive nos pacientes em que os inibidores de fosfodiesterase 5, não foi responsivo.