VIGILÂNCIA ATIVA PARA CÂNCER DE PRÓSTATA NO SUS: UMA EXPERIÊNCIA INICIAL DO SERVIÇO DE UROLOGIA DA SANTA CASA DE BELO HORIZONTE
Tema:
URO ONCOLOGIA
Palavras-chave:
Câncer de próstata; Rastreamento; Tratamento ativo radical; Vigilância ativa; Progressão da doença.
Formato de apresentação
Pôster Eletrônico (e-poster)
O adenocarcinoma de próstata é a neoplasia maligna mais comum em homens. A mortalidade pelo câncer de próstata é a segunda mais alta dentre as neoplasias que os acometem, com 15.576 óbitos em 2018, representando 13,3% dos óbitos segundo o INCA. A adoção do teste do PSA como ferramenta de rastreamento permitiu um nítido declínio na mortalidade relacionada ao câncer de próstata e a uma substancial diminuição no número de homens com apresentação avançada da doença ao diagnóstico. O objetivo do rastreamento é identificar o câncer em estágios iniciais, onde o tratamento curativo é capaz de reduzir a mortalidade. O tratamento radical padrão para o câncer de próstata é a prostatectomia radical ou a radioterapia. Tais tratamentos resultam em importantes efeitos adversos. Desta forma, chegamos a um cenário de controvérsias, com a detecção precoce de patologias indolentes (overdiagnosis), e consequentemente um aumento do tratamento e suas consequências (overtreatment). Diante desse cenário, surgiu o conceito de Vigilância Ativa – VA, uma modalidade terapêutica que visa diminuir os efeitos do overtreatment, atrasando o tratamento ativo curativo, até o momento em que a doença se torne clinicamente significativa. Em junho de 2018 foi definida a implementação do protocolo de vigilância ativa como opção de tratamento para os pacientes portadores de câncer de próstata com baixo risco de progressão no serviço de Urologia da Santa Casa de Belo Horizonte. Este trabalho visa avaliar a implementação e a evolução deste protocolo de vigilância ativa para os pacientes portadores de câncer de próstata com baixo risco de progressão, no serviço de Urologia da SCMBH.